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A dada altura do concerto, Jorge Cruz propõe uma espécie de sondagem à
plateia, para saber quantos dos presentes já conheciam o Ritz Clube, que
esteve uma boa dúzia de anos de portas encerradas por questões que não
são para aqui chamadas. Como é natural, predominam os que pisavam pela
primeira vez a histórica sala. Quando o Maxime encerrou, em Janeiro do ano passado, Victor Gomes (frontman
dos seminais Gatos Negros) realçou que uma parte de Lisboa morre com o
encerramento de casas como o Ritz ou o vizinho Maxime. Por isso, foi com
emoção e expectativa que ontem me dirigi ao nº 57 da Rua da Glória, que
continua a ter a companhia de bares como o Piri-Piri ou o Chuly Bar,
embora sem o facelift nem o mega-hype (damos Graças a Nosso Senhor!) que transformou o Cais do Sodré numa espécie de Bairro Alto super-trendy,
onde é possível encontrar turistas de meia-idade, tias de Cascais e
lendas do desporto-rei que é o futebol. O Ritz ainda cheira a novo, mas a
mística continua espalhada pela sua escadaria e nas galerias.
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Publicado originalmente no Bodyspace, mais concretamente aqui.
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