segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Legendary Tiger Man / Guta Naki @ Sintra Misty

© Mauro Mota
Este Festival da Música e das Palavras decorreu entre os dias 13 e 23 de Outubro. Deveria ser, portanto, um evento outonal, reflexo do seu espírito intimista. Mas numa altura em que as estações do calendário não encontram grande correspondência na realidade, o Sintra Misty começou no Verão (com temperaturas a rondar os 30 graus e chinelos enfiados nos pés) e terminou no primeiro dia de Inverno, marcado por fortes vendavais e chuvadas a pedirem galochas.
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Link para o artigo integral, publicado originalmente no Bodyspace.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Orelha Negra: 2012 vai trazer charters de novidades

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2012 está a chegar, e com ele novidades para os Orelha Negra: além de já haver concerto marcado para o Grande Auditório do Centro Cultural de Belém no dia 21 de Janeiro (os bilhetes para o espectáculo, que integra o ciclo CCBeat, foram hoje postos à venda), a all star band de Sam the Kid, Fred, Francisco Rebelo, João Gomes e Cruzfader deverá editar o sucessor do aclamado álbum homónimo, lançado em 2010. De salientar, ainda, que os Orelha Negra foram convidados para integrar a comitiva de bandas que representarão Portugal no Canadian Music Week – este evento, que funciona simultaneamente como festival, espaço de negócios e discussão sobre música, terá Portugal e Espanha como países em destaque no ano em que celebra a sua 30ª edição –, a realizar-se entre os dias 21 e 25 de Março do próximo ano, na cidade de Toronto.
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Publicado originalmente no Bodyspace, mais precisamente aqui.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Telediscos Para Senhoras

O frontman dos Feromona está prestes a estrear-se com um disco a solo. Canções Para Senhoras deverá chegar às lojas durante o próximo mês de Novembro, mas já existem dois telediscos (um experimental, outro oficial) que alimentam a curiosidade sobre o que aí vem. Melhor do que descrever os vídeos é deixar o próprio Diego Armés falar um pouco sobre os mesmos e levantar a ponta do véu sobre o álbum.
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«O primeiro vídeo, “O Fim da História”, é um exercício do Francisco Santos Silva, da Chifre, que, cansado de ver no YouTube aqueles vídeos em que umas letras manhosas se sobrepõem a uma imagem estática – porque são feitos por malta que gosta das canções mas que não tem como realizar um vídeo em condições –, decidiu pegar num filme já muito antigo e editar uma série de sequências de maneira a encaixá-las na música. Pessoalmente, acho que o resultado foi extraordinário. As imagens são super elegantes, aquele registo antigo é cheio de charme e tudo isso tem a ver com o tema fundamental do disco: a mulher ou o mundo e a mulher ou eu num mundo que contém mulheres.»
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«O teledisco da canção-single, “Canção Sentimental”, foi uma coisa mais séria, muito mais séria. Reunindo pessoas cheias de boa-vontade, muita criatividade e algum material, conseguiu-se chegar a um resultado que me orgulha muito. Uma vez mais, há charme feminino, há pose, há glamour. A realização é do Filipe Fernandes, numa produção dos Picos Gémeos e da Chifre. Pudemos contar ainda com a generosidade do Hotel Grande Real Villa Itália, em Cascais, que nos deixou ocupar uma suite presidencial onde todo o vídeo foi filmado – isto durante um dia inteiro (e com direito a refeições para toda a equipa). O que mais me impressiona neste vídeo é o facto de ter sido feito sem dinheiro, só com dedicação e amizade, e de ter resultado num produto final com um aspecto tão sério. Estou muito grato a todos os que participaram nele.»
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Publicado originalmente no Bodyspace, mais concretamente aqui.

Ao Vivo: Mazgani / Dead Combo @ Sintra Misty

© Mauro Mota
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O característico som de um amolador anuncia a chegada dos Dead Combo. E logo que a Mulata entra em palco começa a acelerar nas cordas das guitarras, percorrendo as ruas de Lisboa de forma gingona – só é pena as cadeiras do Olga Cadaval não serem muito propícias à dança… “Cachupa Man” também tem um travo mestiço, e volta a demonstrar como Pedro Gonçalves e Tó Trips articulam na perfeição som e imagem. O jeito imperturbável do gangster e o carácter mais soturno do cangalheiro, subvertendo géneros musicais e criando narrativas sem legendas, numa tridimensionalidade cinemática que dispensa a utilização de óculos especiais. Após “Anadamastor”, com direito a dedicatória especial, resgatam “Rumbero” ao primeiro álbum, num concerto dominado por composições do recente Lisboa Mulata – a “Aurora em Lisboa” chega-nos desde um hotel com néon invertido; “Esse Olhar Que Era Só Teu” faz-nos fechar os olhos para melhor apreciar esta belíssima aproximação ao fado; e “Blues da Tanga” solta um lamento furioso –, mas que permite incursões ao passado (de “Putos a Roubar Maçãs” ou “Sopa de Cavalo Cansado”, que mostra dois puros-sangue bem enérgicos nos ritmos produzidos) e a versão para “Temptation”, de Tom Waits, que puxa pelo fôlego de Pedro Gonçalves.
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Link para o artigo integral, publicado originalmente no Bodyspace.

Consagração da Reserva Mundial de Surf da Ericeira

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De acordo com o dicionário, uma das possíveis definições para a palavra “consagração” é “Ato de tornar sagrada alguma coisa, dedicando-a ao culto divino, a Deus”. Se encararmos as ondas como templos de culto e o bodyboard como religião, poderemos compreender melhor o que se passou ontem na Ericeira. Após a apresentação da candidatura a Reserva Mundial de Surf, que conduziu à respetiva aprovação em fevereiro deste ano, chegou o dia 14 de Outubro, data marcada para a cerimónia de consagração.

Poderia ser uma manhã igual às outras em Ribeira d’Ilhas, onde ainda de noite já muitos aguardavam os primeiros raios de sol para entrar na água; mas ontem havia um objetivo extra em relação ao ato de deslizar nas ondas: prestar homenagem ao conjunto de sete maravilhas que compõem a primeira Reserva Mundial de Surf europeia e apenas a segunda a nível global. E é sempre especial ver bodyboarders e surfistas unidos por algo maior do que a vontade de apanhar ondas, parando de remar para se juntarem em círculo, numa sentida homenagem às suas companheiras aquáticas. Por incrível que pareça, durante esses minutos não entraram ondas na chamada “sala de visitas” do surf nacional, com a lua, bem redonda, a abençoar a ocasião solene.

Mais do que uma meta, esta data implica um ponto de partida para melhor se promover e – sobretudo – preservar estas ondas de caraterísticas e qualidade ímpares, tal como foi reconhecido por diversos intervenientes na cerimónia mais (ou menos) formal que teve lugar, um pouco mais tarde, no Parque de Santa Marta.

Antes da apresentação do booklet “Ericeira, Reserva Mundial de Surf”, procedeu-se à entrega, por parte de Will Henry (fundador da Save The Waves Coalition, a “mãe” das Reservas Mundiais de Surf) da placa comemorativa ao trio de instituições que desempenhará o papel de Stewardship Council: a Câmara Municipal de Mafra, o Ericeira Surf Clube (ESC) e a Associação dos Amigos da Baía dos Coxos.

Fica, porém, uma nota negativa. Entre as personalidades nomeadas como Guardiões da Reserva (a quem caberá zelar pela salvaguarda dos valores ambientais subjacentes) não figura qualquer bodyboarder, o que na perspetiva de Miguel Barata, Presidente da Assembleia Geral do ESC, "é inexplicável, até porque algumas das ondas da Reserva são surfadas principalmente por bodyboarders, já para não falar da tradição que este desporto tem na Ericeira. Esta nomeação foi realizada um pouco à revelia dos bodyboarders, o que até fez com que na cerimónia realizada dentro de água apenas tenham participado dois bodyboarders (nota: além de Miguel Barata, marcou presença Paulo Costa, Presidente da Associação Portuguesa de Bodyboard), porque muitos dos outros estavam em protesto. Uma Reserva Mundial de Surf não se restringe ao surf, abrange todos os desportos de ondas."
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Publicado originalmente na Vert, mais concretamente aqui.

Artigo Colectivo "DFA: Dez Felizes Anos" - The Rapture: Echoes

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Se os nova-iorquinos The Rapture têm uma grande dose de responsabilidade no revivalismo pós-punk que marcou o início dos anos 00, boa parte dessa culpa encontra-se distribuída pelas faixas deste álbum. Echoes mistura electricidade com electrónica e fortes ritmos de dança (tirando um ou outro momento de calmaria, como ”Infatuation”), muitas vezes duma forma extática – aliás, uma das possíveis traduções para o nome da banda refere-se aos estados de alegria, êxtase. São essas as emoções veiculadas por “House of Jealous Lovers” (que se tornou hino estival) ou ”Killing”. Os seus ritmos contagiantes e carregados de aditivos puseram o rock a rollar e fizeram-no tirar as mãos dos bolsos e mexer, mostrando que o DIY podia funcionar tão bem no início do século XXI como tinha explodido algures nos anos 70. Isto é música que funciona tão bem num concerto como na pista de dança (sempre para dançar sem vergonha) ou mesmo na aparelhagem, se quisermos ganhar pica para as duas primeiras hipóteses.
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Publicado originalmente no artigo colectivo "DFA: Dez Felizes Anos", primeiro no Bodyspace e depois no P3.

Entrevista: You Can´t Win, Charlie Brown


Uma banda desenhada com seis elementos e muitas cores

A banda que foi buscar o nome a um livro dos Peanuts (que a Charlie Brown juntava personagens tão carismáticas como Snoopy ou Linus) esteve recentemente a tocar na cidade de Londres, em três datas que se seguiram à apresentação do álbum Chromatic na discoteca Lux, em Lisboa. Com esta desculpa na algibeira, fomos falar com Afonso Cabral e David Santos (que a solo responde pelo nome de Noiserv) sobre as ideias e o percurso ainda curto – mas que se preconiza brilhante após um EP e um álbum de estreia que arrancaram fortes elogios dentro e fora de portas – de uma das bandas portuguesas que importa seguir com bastante atenção. E ainda ficámos a saber, entre outras revelações, que Afonso Cabral nunca ouviu um disco de Fleet Foxes, banda à qual os You Can´t Win, Charlie Brown já foram comparados.
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Link para a entrevista integral.
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Artigo publicado originalmente no Bodyspace.

13 & God - Own Your Ghost


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Obra singular e maior do que a soma das partes.

Para enquadrar a heterogeneidade musical presente num álbum onde parecem coabitar vários discos torna-se necessário (re)lembrar que este projecto – que resgata o seu nome ao conceito dos doze apóstolos mais Jesus Cristo, um grupo de 13 membros que forma uma relação simbiótica com Deus – resulta de uma parceria entre membros dos norte-americanos Themselves (que fazem hip hop underground) e dos alemães The Notwist, que se movem nos territórios do electro-pop experimental.
Se tal não servir para ultrapassar alguma da estranheza que advém da improvável conjugação de elementos – exemplo: o registo melodioso de Markus Archer com a voz nasalada (por vezes mais parece insuflada a hélio) de Adam “Doseone” Drucker – ajudará, pelo menos, a compreender melhor este conjunto de músicas que em certas ocasiões começam de uma forma quase linear para irem ganhando camadas de elementos e complexidade. Um dos casos mais flagrantes desta dicotomia será “Armored Scarves”, que começa nas calmas mas vai crescendo, crescendo, com Archer a insistir que «These are troubled times and so / So you dip your scarves in iron» e a percussão a marcar um ritmo de marcha militar, antes de “Doseone” entrar em cena e disparar num flow que se cruza com outras vozes. “Beat On Us” também se introduz na linha daquela para depois cruzar folk e electrónica. Embora predominem sonoridades densas – na linha de “Unyoung”, construída sobre um forte beat e vozes sobrepostas em camadas sonoras hipnóticas, ou o quase trip hop de “Et Tu” – há lugar para temas com uma estrutura mais leve, como a soalheira “Old Age”, a puxar para a pista de dança, ou a atmosférica “Death Minor”, que remete para o lado mais etéreo dos Air.
Quem sofrer de paranóia com rótulos vai sentir-se perdido num labirinto de referências e sonoridades que podem parecer inconciliáveis; mas quem tiver abertura suficiente para montar as peças nos ouvidos e no espírito vai apreciar este puzzle, que se pode montar, baralhar e voltar a juntar audição após audição, processo ao longo do qual a riqueza suplanta a desconfiança e o pendor existencialista das letras se vai tornando mais e mais perceptível.

Publicado originalmente no Bodyspace, mais concretamente aqui.

Jamaica. As comemorações dos 40 anos seguem dentro de momentos


A mítica discoteca da capital tem vindo a comemorar durante 2011 os seus 40 anos de vida com uma vasta programação. Infelizmente, o edifício onde funcionam as suas instalações – na Rua Nova do Carvalho, ao Cais do Sodré – foi forçado a um encerramento (para a realização de obras urgentes e inadiáveis) durante quatro meses. Mas, como não há mal que dure sempre, o Jamaica reabriu as suas portas aos melómanos e boémios no passado dia 20 de Setembro; e a programação segue, durante os próximos dois meses, com DJs convidados e festas temáticas. A primeira festa é já amanhã, dia 6, e conta com um peso pesado: o DJ convidado é Rodrigo Leão, que se prepara para lançar álbum novo. O co-fundador dos Sétima Legião e dos Madredeus tem uma carreira a solo com quase 20 anos, recheada de álbuns essenciais da música portuguesa contemporânea; e, além disto, é o actual proprietário de ouro ícone da noite lisboeta – o Frágil, no Bairro Alto, que abriu as portas ao Jamaica durante o seu encerramento temporário. Astros (re)alinhados e dados lançados.
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Publicado originalmente no Bodyspace, mais concretamente aqui.

Um vídeo que provoca insónias

Já tínhamos partilhado o áudio de “(We Stay) Up All Night”, malha explosiva que será lançada como single no dia 17 deste mês; e agora divulgamos o mais recente vídeo avançado pelos Buraka Som Sistema para o fervilhante Komba, álbum que de acordo com o site da Enchufada vai ser editado no próximo dia 31, na noite de Halloween. O vídeo contém imagens capazes de tirar o sono a espíritos mais sensíveis e uma dedicatória especial ao malogrado DJ Mehdi.

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Publicado originalmente no Bodyspace, mais concretamente aqui.

sábado, 1 de outubro de 2011

dEUS - Keep You Close

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Música com d Maiúsculo.

Cada álbum de dEUS é uma oportunidade renovada para apreciar o raro sentido poético – e estético – de Tom Barman. Na introdução da faixa-título, com que arranca o álbum, orquestrações antecedem a sua voz, que cantará o jogo de espelhos que são as relações amorosas, temática recuperada em “The End of Romance”. Pressente-se um isqueiro a acender entre os acordes da guitarra e a bateria suave, que servem de leito ao registo spoken word. Enquanto o belga sussurra a promessa dum mundo seguro, o piano vai deixando pingar notas, soltas como as pontas de um romance que finda. Mas nada disto é real ou pacífico. Há nostalgia e amargura no ar.
No sexto longa-duração de dEUS cabem, também, composições mais directas e eléctricas, como “The Final Blast” – carregada de ritmo(s), na cadência da voz e da bateria – ou “Dark Sets In”, em que se manifesta a costela mais rock da banda, pairando um certo negrume, com sintonia entre a música e as palavras. Tal como sucede na dionisíaca “Ghosts”, em que o teclado orelhudo (que se desvanece por momentos, para dar destaque ao vocalista) acompanha uma perseguição existencialista 
Do conjunto de nove faixas, o que sobressai, novamente, é a belíssima estrutura das canções. Pode ter sido a primeira vez que, com a actual formação, o processo de composição foi desenvolvido em conjunto, mas o toque de Barman continua bem vincado em temas como “Second Nature”, que se desenvolve entre prazer, vícios, coros e uma crescente intensidade sonora e emocional. Elementos transversais a Keep You Close.
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Publicado originalmente no Bodyspace, mais concretamente aqui.

20 anos sem Miles

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É difícil expressar em palavras a gratidão sentida por tudo o que um músico que apreciamos nos dá. Mais ainda quando se trata de alguém com a envergadura de Miles Davis, um dos génios que ficarão para sempre na História da Música do Século XX. Nascido em meados dos anos 20, esteve sempre Miles Ahead – ou, como quem diz, na vanguarda dos movimentos jazzísticos (e não só). Morreu no dia 28 de Setembro de 1991 e deixou-nos um legado arrepiante, do qual faz parte Kind of Blue, uma das criações musicais que mais se aproximam da perfeição. “So What” é a faixa de abertura dessa obra-prima.
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Publicado originalmente no Bodyspace, mais concretamente aqui.

O misticismo do festival de Sintra

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Sintra é considerada a capital do romantismo. E entre os dias 13 e 23 de Outubro será, também, a capital da música e das palavras. Na sua segunda edição, o Sintra Misty oferece uma programação rica, no que toca a concertos e à sétima arte.
Em termos de música ao vivo, entre projectos nacionais e estrangeiros, com estreias e regressos a Portugal, alguns destaques vão para as actuações de Suart Staples (o vocalista de Tindersticks abre o festival no dia 13), Mazgani + Dead Combo (dia 15), John Grant + King Kreosote & Jon Hopkins (dia 20), Howe Gelb + Sean Riley & The Slow Riders (dia 21), o sueco Jay Jay Johanson + We Trust (na noite seguinte), ficando o encerramento, no dia 23, a cargo de Guta Naki e do one man band Legendary Tiger Man. Já no cinema, as Misty Sessions propõem-se fazer a ponte entre o cinema e a arte de escrever canções, com uma mostra que inclui ficção (I´m Still Here, de Casey Affleck; 9 Songs, de Michael Winterbottom; e De Tanto Bater o Meu Coração Parou, de Jacques Audiard) e não ficção – New Blood, o filme-concerto de Peter Gabriel; e ainda os documentários Dream of Life e Joy Division, sobre Patti Smith e a banda de Ian Curtis, respectivamente.
Podendo, é ir, aproveitando para provar os melhores travesseiros do mundo. Antes, convém consultar tudo (calendário completo, etc. e tal) no site oficial do Sintra Misty, que decorre nos diversos espaços do Centro Cultural Olga Cadaval.
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Publicado originalmente no Bodyspace, mais concretamente aqui.

Entrevista: Primitive Reason

© Mauro Mota
A Consolidação da Mutação
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Os Primitive Reason foram das bandas portuguesas mais criativas a emergir em meados da década de 90, e depois da viragem do milénio continuaram a mostrar como é errado reduzi-los a um êxito da dimensão de “Seven Fingered Friend”, fundindo tendências pesadas e ritmos dub ou afro-ska, com coesão e arrojo. Após um período de pousio em termos discográficos (fruto, em boa medida, das várias saídas e entradas de elementos) encontram-se a gravar o sucessor do LP Pictures in the Wall e do EP Cast the Way. Oportunidade para uma conversa aprofundada e descontraída - mesmo quando se abordam temas mais ou menos sensíveis - sobre o percurso da banda de Guillermo de Llera (o único membro fundador que continua na formação) e do guitarrista Abel Beja, na casa do primeiro, com os olhos postos no futuro e vista para a paisagem verdejante de Monte Bom.
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Link para a entrevista integral, publicada originalmente no Bodyspace.