sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Mais festas para dizer adeus a 2011

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Festas de passagem de ano (aka reveillons) há muitas; e como não é possível dar conta de todas, deixam-se aqui mais duas sugestões lisboetas, entre o atrevidote e o bollywoodesco. Quem for ao Clube Ferroviário, em Santa Apolónia, pode entrar a bordo do Bollywood Express – conduzido pelos DJs Jigar e Mayush –, que vai servir um repasto indiano e filmes dessa Meca da Sétima Arte que dá pelo nome de Bollywood. As entradas variam entre os 15 euros (que dão direito a uma bebida) e os 75 – garrafa de champanhe e bar aberto –, com valores intermédios para quem quiser uma garrafa de espumante nacional (25 €) ou de champanhe (40 €) para celebrar a entrada em 2012 enquanto é tempo.
Já o Santiago Alquimista, ao Castelo, junta os Irmãos Catita aos Ena Pá 2000 para um Reveillon Atrevidote, noite de bailarico que terá Eugénio Royale como mestre-de-cerimónias e pela qual passarão Miss Suzie, as coristas Cindy Laroca e Vicky Marota, o MD (Mete-Discos) Gimba e Phill Mendrix. Além de garantirem o sorteio de kits marotos, prometem que este vai ser o derradeiro reveillon antes da queda no abismo, por isso é melhor aproveitar a oportunidade para contar os cêntimos (entradas a 25 € para quem entrar entre as 22 horas e a 1:30 da noite; 25 € para quem só aparecer depois desta hora) e queimar os últimos cartuchos.
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Publicado originalmente no Bodyspace, mais concretamente aqui.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Do Minho a Nova Iorque – a vida de António Variações no grande ecrã

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Parece que é desta que o filme sobre o genial músico português está em vias de avançar, após a respectiva produção ter sido interrompida devido a divergências (que conduziram a um litígio judicial) entre o realizador Rui Maia e a produtora Utopia Filmes. Segundo a Time Out Lisboa, já foi escolhido o protagonista: Sérgio Praia encarnará António Joaquim Rodrigues Ribeiro – nome de baptismo de Variações, cujas canções também interpretará –, num percurso que teve tanto de curto como de brilhante. O filme começará com uma viagem do cantor de “Estou Além” a Nova Iorque, onde terá sido contraído o vírus da SIDA (e em consequência do qual viria a falecer em 1984), para depois revisitar a sua infância na vila de Amares, perto de Braga, e terminar com o mesmo já em estado debilitado mas ainda a «cantar canções para o gravador».
Tendo obtido uma sentença favorável na acção judicial proposta contra a Utopia Filmes, Rui Maia procura agora financiamento para filmar a história de Variações – «musical realista»» e «biografia ficcionada» –, pretendendo iniciar a sua produção já em 2012.
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Publicado originalmente no Bodyspace, mais concretamente aqui.

sábado, 24 de dezembro de 2011

Primitive Reason @ TMN Ao Vivo

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Quando uma banda que ajudou a desenhar uma época, conquistando uma base sólida de fãs, atravessa uma fase de mudanças na formação e faz um pousio discográfico relativamente longo, pontualmente interrompido por um ou outro concerto, o futuro torna-se um enorme ponto de interrogação. No regresso ao activo a química entre os membros ou a sintonia com os novos tempos pode ter-se esfumado algures. Era, pois, com curiosidade que se esperava o que iria sair deste concerto (antes da banda entrar em palco havia quem trocasse memórias da última vez em que os tinha visto tocar, em ocasiões mais ou menos longínquas) e, principalmente, de Power To The People, sexto longa-duração da banda de Guillermo de Llera e cia., com lançamento previsto para o primeiro trimestre de 2012.
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sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Eu gosto é do Verão

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Entramos no Inverno, a Estação das noites longas e gélidas. Mas, como tudo isto é uma questão de ciclos, a boa notícia é que a partir de agora os dias vão começar a aumentar até chegarmos ao Verão e darmos mergulhos na praia. Faz, por isso, todo o sentido lembrar que por estes dias os míticos Beach Boys anunciaram que estarão de volta em força no já próximo 2012, ano em que se comemora meio século sobre o lançamento do seu primeiro disco, Surfin’ Safari. E como a efeméride justifica um regresso em grande, prometem uma série de reedições, nova colecção de êxitos, um álbum novo de originais (que deverá ser editado em Abril) e ainda uma digressão mundial, que se inicia também em Abril, em New Orleans, e que incluirá 50 datas. O genial fundador Brian Wilson mostra-se muito entusiasmado pela oportunidade: «Tenho saudades dos meus rapazes e vai ser emocionante fazer um disco novo e estar com eles em palco outra vez». Wouldn’t it be nice que viessem cá fazer uma visita?!
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terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Primitive Reason ao vivo e com novidades

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Os Primitive Reason têm andado a trabalhar na composição do sexto álbum da sua discografia, e na próxima quinta-feira, dia 22 – talvez contagiados pelo espírito natalício – vão dar uma prenda antecipada aos fãs: um concerto na sala TMN Ao Vivo, no qual se farão acompanhar de convidados especiais e onde irão apresentar novidades além de temas marcantes. O novo disco de originais, que deverá sair durante Fevereiro de 2012, terá o título de Power To The People, o que faz todo o sentido nos tempos agitados que correm – lembre-se, a propósito, que ainda esta semana a revista Time elegeu como personalidade do presente ano os manifestantes que, um pouco por todo o globo, têm saído à rua para protestar contra a tirania, a corrupção e a crise ou para fazer revoluções. O dia chegará…
 
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Publicado originalmente no Bodyspace, mais concretamente aqui.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

You Can´t Win, Charlie Brown - Chromatic

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Charlie can´t lose

Como se atravessássemos um bosque, somos invadidos por cheiros e tonalidades, o vento bate-nos na face e galhos estalam à nossa passagem. Tal como a Natureza se apresenta em constante mutação, com plantas a nascer, folhas a cair, dias que aumentam ou diminuem, estas músicas ora anunciam a chegada da Primavera, ora carregam prenúncios outonais. Chromatic é um título que assenta como uma luva a esta estreia: estamos perante uma paleta de cores, cheiros e texturas. Uma pop/folk complexa nos ingredientes utilizados mas que resulta em canções que comunicam facilmente aos ouvidos e às emoções. A criatividade e o apurado sentido estético que por aqui andam de mãos dadas não se perdem em exercícios de show off nem em demonstrações de virtuosismo pueril – estão ao serviço das canções, como deve ser.
Cruzam-se elementos orgânicos (guitarra acústica e outras cordas, palmas) com electrónica, como noutros projectos contemporâneos – já ouviram de certeza as comparações, mais ou menos certeiras, com Fleet Foxes ou Grizzly Bear, por exemplo –, mostrando mais uma vez como as barreiras entre o digital e o analógico fazem cada vez menos sentido, sendo ambos meios ao serviço das canções e não um fim em sim mesmo. Mas este projecto tem uma identidade própria, apesar das referências que, como é natural, se podem ir buscar, aqui e ali.
Nota-se também uma assinalável coesão. Tal como numa equipa, o valor do colectivo sobrepõe-se à soma das partes ou dos talentos individuais. Não é que lhe faltem canções memoráveis. “Green Grass #1” é belíssima, todos os elementos trabalhados de forma cuidada sobre o tapete sonoro; e “I´ve Been Lost” (fusão perfeita entre as palmas, a voz e a bateria nervosa) ou “An Ending” são outros grandes momentos. Mas o disco encarado como um todo sobrepõe-se às faixas isoladas, o que só o valoriza. Uma estreia destas não são peanuts. Estamos na presença duma vitória em toda a linha para os amigos do Charlie Brown.
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Publicado originalmente no Bodyspace, mais concretamente aqui.

Topes 2011 Bodyspace


Nº 1 Geral : Panda Bear - Tomboy
Logo na primeira faixa Panda Bear garante que podemos contar com ele. E as hipotéticas dúvidas – é difícil guardar reservas quando falamos de alguém que nos tem dado alguma da melhor música dos últimos anos, tanto a solo como nos Animal Collective – desfazem-se à medida que vamos mergulhando em Tomboy. Se a maior parte dos discos não resiste a audições consecutivas, este como que cresce a cada viagem pelas suas onze faixas, de que “Slow Motion” ou “Last Night At The Jetty” serão paradigmas de excelência: música na vanguarda, sem se deixar enredar por modas fugazes, e que nos transporta para outras dimensões. As harmonias vocais envoltas em eco e as múltiplas camadas sonoras transmitem carradas de sensações, tanto nos fazendo dançar como elevar acima das ondas (em “Surfer’s Hymn”), cantar ou orar, na mais introspectiva “Scheherazade”. Já tínhamos apontado o número de temas do disco: onze, tantos quantos os jogadores que formam uma equipa de futebol, como a do Glorioso clube de que Noah Lennox é adepto confesso. “Benfica” encerra Tomboy como um golo dourado decide uma partida. E mesmo quem não liga a futebol se emocionará com o apoteótico clamor do Estádio, em vagas de louvor à vitória que, no final de contas, é o que todos ambicionamos e aquilo que Panda Bear mais uma vez consegue com este disco.
 
Nº 12 Geral: Radiohead - The King Of Limbs
Ponto prévio: este álbum não entrará no pote milionário onde cabem obras como Ok Computer, Kid A ou Amnesiac. Ainda assim, The King Of Limbs eleva-se acima da mediania do muito que se vai produzindo por aí, e é caso para dizer que se fosse da autoria de alguma banda emergente não seria difícil gerar estardalhaço em seu redor. E não sendo um disco imediato (o que nem é de estranhar em Radiohead), recheado de clássicos absolutos ou temas que entrem à primeira – “Lotus Flower” será a que mais se aproxima disso, com aquela linha de baixo e Thom Yorke em grande estilo –, apresenta um punhado de momentos inspirados. Do nervosismo que transpira de “Morning Mr. Magpie” à alucinante complexidade rítmica de “Feral”, passando por momentos mais densos (a perturbante “Codex”) ou a estranha beleza de “Give Up The Ghost”. Enfim, mesmo futebolistas geniais como “El Mago” Pablo Aimar nem sempre se exibem ao mais alto nível, mas guardam mais magia numa simples finta de corpo do que muitos jogadores esforçados em mil correrias pela linha lateral.
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Nº 16 Geral / Nº 3 Portugueses : PAUS - PAUS
Poderia voltar a descrever o entrosamento entre Hélio e Albergaria (os bateristas-siameses de serviço), que roça a perfeição; a grandeza diabólica do baixo manipulado por Makoto; as sensações transmitidas pelos teclados de “Shela”; as palavras, que permanecem um instrumento mas ganham um protagonismo maior e contornos mais nítidos; ou a forma como tudo isto se agiganta em palco, na troca de fluidos com o público. Mas já estamos fartos dessas conversas – dos trocadilhos com o nome da banda, então, nem vale a pena falar. É melhor, então, concentrarmo-nos na música: Música não linear / Música para dançar / Música para tripar / Música para malhar / Música para queimar / Música para saltar / Música para transpirar / Música para gritar / Música para contemplar / Música para escutar / Música para descruzar / Música para explorar / Música para tocar / Música para inspirar / Música para voar / Música para desmaiar / Música para hipnotizar / Música para iluminar / Música para viajar / Música para acordar / Música para mergulhar / Música para libertar / Música para vaguear / Música para Pausar… Upss!
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Nº 8 Portugueses: B Fachada - Deus, Pátria e Família
Portugal continua muito marcado por dois triunviratos: o “Deus, Pátria e Família” que dá nome a este EP e os “Três FFF” – Fado, Futebol e Fátima, aos quais se voltou a juntar o malfadado FMI, num ano que foi tudo menos fácil. E 2012, insistem em tom de ameaça, vai ser ainda bem pior. Sendo assim, o que B Fachada aqui canta soa cada vez mais acertado, entre uma revisão da matéria dada, a premonição de «Portugal está para acabar» / Portugal vai rebentar» e a captação do ar dos tempos. Sublima-se uma realidade negra (trocado por miúdos: torna-se a merda em algo belo) através do cacarejar de galinhas, do piano – que começa fúnebre para animar passado um tempo, como uma ave que estrebucha depois de lhe cortarem a cabeça – e da voz, que dispara rimas em fachadês contra a «piça do poder» e apela ao boicote do sistema, pois já não chega a mera abstenção. E quando suspende o ataque às idiossincrasias da pátria, naquele ritmo incendiário, B Fachada debruça-se sobre o que lhe é mais querido e familiar – a abrir e a fechar a segunda parte canta coisas íntimas, numa toada lenta e melosa. São “apenas” 20 minutos, mas dizem muito sobre nós.
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Participação no artigo colectivo Topes 2011, publicado originalmente no Bodyspace

Ena Pá 2000 e o Álbum Bronco em estreia no Music Box

© Sofia Quintas
Os Ena Pá 2000, instituição maior do deboche musical liderada pelo bigger than life Manuel João Vieira, têm um disco novo, intitulado Álbum Bronco. Dizem que levou esse selo porque já existia um Álbum Branco. Dizem também que o novo álbum demorou apenas dois dias a gravar – o resto do tempo foi dividido entre a produção dum novo alfabeto que se encontra no libretto, a elaboração da capa, sandes de courato, bagaceira e confraternização com senhoras respeitáveis…
Apenas parte de tudo isto será verdade; mas como entre a lenda e a verdade deve sempre prevalecer a lenda (adjectivo que, de resto, assenta que nem uma luva aos autores de clássicos absolutos como “Sexo na Banheira”, “Alice” ou “És Cruel”), levamos tudo isto em mente quando amanhã, dia 13, formos até ao Music Box, no lisboeta Cais do Sodré, presenciar a apresentação do Álbum Bronco, que em canções como “Lulu” ou “Mulher Portuguesa” capta o Zeitgeist desta época. O concerto/showcase especial, que é de entrada livre, começa às 22 horas e diz que termina às 23:30 – mas com esta malta, nunca é de fiar…
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Publicado originalmente no Bodyspace, mais concretamente aqui.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Disco: Diego Armés - Canções Para Senhoras

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Os rockers também sentem.

Estamos perante uma estreia a solo, mas não se trata dum caloiro. O Diego Armés que nos apresenta estas Canções Para Senhoras é o mesmo que canta, toca guitarra e compõe em Feromona. Mas se nesta banda é guiado pela pujança do roquenderole, aqui conduz-nos por um universo íntimo, arriscando enveredar por temáticas mais sentimentais (sem serem lamechas) ou românticas, nem sempre alegres ou soalheiras.
O que Diego canta numa das faixas, intitulada “Canção Sentimental”, permitirá compreender o que está na génese da sua estreia a solo: «Tentei ser diferente / Não fazer canções sentimentais / Só letras pujantes / Que abordassem temas capitais / Mas ficava tanto por contar / Das coisas que eu junto devagar (…) / Tentei fazer rock mas só me sai poesia». É também dos temas em que mais se expõe, confessando: «Quebrei regras minhas para criar / Uma canção sobre o que é gostar / Das festas, dos toques, da fusão dos corpos / Da voz e do odor / Que eu provo em silêncio quando estamos mornos / Depois duma dança de amor». A relevância atribuída às palavras, já bastante forte em Feromona, ganha aqui outro peso – Diego Armés dá-lhes a volta, para seduzir ouvintes com cortesia, elegância, charme –, impondo que as convoquemos em algumas ocasiões. Na verdade, num disco acústico (voz, guitarra, piano, violoncelo, percussões, melódica e acordeão) e moldado sobre formas simples e delicadas, o que sobressai é, sobretudo, o cuidado e a qualidade aplicados nas composições e arranjos.
O álbum abre com “Tanto Faz”, introduzido pelo piano de João Gil (o membro de Diabo na Cruz e You Can’t Win, Charlie Brown também toca guitarra em Feromona), depois acompanhado pelas cordas e voz. Por vezes o timbre de Diego Armés poderá fazer lembrar um pouco Jorge Palma – especialmente nesta música e em “Amor e Violência”, com que fecha o trabalho –, mas estamos perante uma voz e uma poética originais. Em "Tanto Faz" canta, bem a propósito: «Pesco as palavras com uma linha e um anzol / Tem dias bons que as bichas mordem menos mal / E às vezes caço com uma lupa num jornal / Termos que ainda não constavam do meu rol».
Entre os dez temas “oficiais” encontramos mais de meia dúzia de gemas preciosas que ficariam bem alinhadas na colecção de alguma senhora endinheirada. Aquelas de que se falou atrás, e outras: reflectidas, por exemplo, no ambiente melodramático criado em “O Fim da História”, na “Mitologia Passional” (tensa como uma corda muito esticada e que pode partir a qualquer instante), na anarquia literária da arrepiante “Entre Dentes” ou no desalento sentido em ”A Cadeira”. Mas é melhor que jóias deste quilate estejam no domínio público para brilharem em liberdade e aos ouvidos de todos.
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Publicado originalmente no Bodyspace, mais concretamente aqui.

Beatbombers são os novos campeões mundiais de Scratch/Turntablism

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No próximo Verão, as melhores selecções europeias de futebol vão andar pela Polónia (e Ucrânia – dois países frios mas com mulheres bem quentes) a disputar o Euro 2012. No passado fim-de-semana, os portugueses Beatbombers – dupla dinâmica composta por DJ Ride e Stereossauro e que há meses editou Tuga Breakz – mostraram como é que se faz: trouxeram de Cracóvia (Polónia) para casa, pela primeira vez, o título de Campeões do Mundo de DJs IDA (International DJ Association) 2011, na categoria “show”.

Depois de se terem tornado vice-campeões mundiais, no ano passado, e de nos últimos meses terem acumulado títulos – primeiros lugares na categoria “Team/Equipas”, do campeonato nacional DMC Portugal, em Setembro, e na categoria “Show” do campeonato nacional IDA Portugal, em Novembro – os Beatbombers viram, assim, no último Sábado «Um sonho antigo tornado realidade. Virámos uma página no turntablism nacional e escrevemos os nossos nomes e o de Portugal no scratch internacional». Mas não pretendem ficar por aqui: «Queremos continuar a competir como equipa e a subir a fasquia, até porque este é apenas o terceiro campeonato em que participámos», afirmam, revelando ambição para o futuro.
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Publicado originalmente no Bodyspace, mais concretamente aqui.