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As Pega Monstro já são muito mais do que mero tópico lol-fi e
comprovam-no com este disco homónimo. Têm a atitude punk certa ("eu sou
merda mas gostas de mim") e com pouco (voz, guitarra, bateria) atiram ao
tapete bandas com mais elementos e instrumentos do que boas ideias. E
que, por isso, não fazem grandes malhas como estas. Doze faixas, quase
como se este número pré-adolescente fosse uma metáfora para o que
afirmam em “Carocho” (do ”não quero ir à escola” ao ”hoje em dia tudo
faz tão mal / não comas peixe nem carne nem vegetal”), “Dom Docas” – é
escusado repetir um dos refrãos de 2012 – ou “Afta”. Mas as manas Reis
já não têm dentinhos de leite. Desde que as vi tocar pela primeira vez, a
abrirem para Glockenwise no Music Box, deram um salto tão grande que
não sei onde vão parar. Músicas como “Akon” ou “Suggah” relembram-nos do
que são capazes bandas que fazem dos três acordes uma espécie de Pai,
Filho e Espírito Santo da música. O nosso Aleluia não chega para lhes
agradecermos isso.
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