Foto de Mauro Mota
Ribot domina a guitarra como poucos (a sua carreira – tanto nas bandas por que passou como nas diversas colaborações que tem feito ao longo dos anos ou nas performances a solo – fala por si), mas não segue o caminho do show off estéril. Antes cobre as composições de alma e musicalidade, o que é fundamental para sustentar quase duas horas de concerto instrumental a solo. A actuação é feita de grande entrega – o músico e a guitarra chegam a estar colados como dois amantes –, embora estejamos num concerto de e para gente sentada, muita dela dispersa pelo chão do auditório, no espaço disponível entre o palco e as cadeiras. Há até quem se esparrame no chão, como se estivesse num jardim, descansando o olhar no firmamento – a melhor tela de drive-in inventada até aos nossos dias.
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